tango
Nem mais nem menos.
O tanto exato de ver
Cecília tirar Alice
pra dançar o tango
tocado por seus ancestrais.
Sanfona e viola
na sala da roça,
os irmãos todos,
a infância que depois de hoje -
elas ainda não sabem -
será sempre nunca mais.
O avô, que encantava galinhas
e contava mentiras magistrais,
cheirava a capim picado,
cana de açúcar e o leite
de quem maneja o próprio gado.
Morreu pra dizer que nada
é melhor nesta vida
que a lida de viver em paz.
Vovó, pra ensinar que
sem ela é cada
um pro seu lado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Este blog não publica comentários anódinos