“[como
um balido abala / a balada do baile / de gala]”
(Vladimir
Maiakóvski)
Quem me
apresentou Luis Turiba foi o
Vladimir Maiakóvski, que morava com ele no apartamento da cento e cinco sul,
quando passei a frequentá-lo em finados de 1990. Turiba
et caterva. Eu era bem moço e já
frequentara outros campos antes de conhecer russos e augustos. E cometia versos
brancos com sotaques dalém mar.
Fui ficando por
ali até que um dia Turiba pediu meus
poemas dizendo que a Bric-a-Brac iria publicar novos
poetas. A revista não saiu. Mesmo assim, foi ele quem primeiro bancou um poema
meu (ilustrado pelo Resa) na Revista DF Letras, da qual era editor.
Vários anos
depois, quando se despedia dos amigos de mala e cuíca para o Rio, foi também
ele quem primeiro declamou publicamente um poema meu. Esse ato me obrigou ao
microfone, a dar a cara a tapa. A deixar de ser besta e bancar minha poesia no
gogó. Naquela noite declamei.
Mas este
tanto que digo de mim é pra dizer que ele, o poeta que ora nos apresenta sua
seleta QTAIS, noves fora – e leia-se noves as admirações pessoais – escreve com
a língua a poesia que eu queria escrever.
(fabrízio morelo)
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