dois carreiros não bebem
água no mesmo pote.
e por mais que a vida
espreite a vida,
o que vejo nestes pastos
é morte.
são meus olhos, eu sei.
aresto de cangalha,
curso dágua, amarreta,
calabrote.
vazio de emboscada
no imprevisto do bote.
desde sempre vale
o quanto carrega cada
o brio, o porte, o
arrepio
no cangote.
eu nasci pra ser
carreiro
apartado da manada.
meus irmãos, pobres bezerros,
no mesmo cocho e mais
nada.
(fabrízio
morelo, 24/10/2012)
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