quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Lenine e eu também


No dia 30, o baiano radicado em Brasília se apresentará no evento realizado pelo Açougue Cultural T-Bone. Lenine e poetas brasilienses também subirão ao palco
Falta menos de um mês para artistas e público se reunirem novamente na rua da entrequadra 312/313 Norte para celebrarem o acesso à cultura. A 32ª Noite Cultural T-Bone, marcada para o dia 30 de agosto, terá show do cantor e compositor Lenine. Antes dele, o músico e poeta baiano radicado em Brasília Máximo Mansur subirá ao palco para presentear a plateia com canções e poesias de José Avelino, pseudônimo usado pelo artista no mundo literário. A programação começa às 19h.
Uma coisa é certa, Máximo Mansur é amante das letras. O artista, criado no interior da Bahia quando criança e radicado na capital do País depois de adulto, transpõe para as letras de suas canções e para a inspiração do poeta/personagem José Avlino, sob diferentes pontos de vista, sua experiência ao sair de uma realidade interiorana para desbravar a cidade grande.
Ao lado dos músicos Débora Dias e Neny, nos vocais, e Paulo Roberto, na percussão, Mansur interpretará canções do CD Banana Com Farinha, lançado em 2011, e do álbum recém-produzidoConcréticas, previsto para ser lançado ainda em 2012. No repertório, músicas que retratam o contraste urbano entre a capital e o interior. As diferenças, segundo ele, vão da paisagem – árvores substituídas por prédios e grandes estruturas de concreto – aos sons – pássaros silenciados pelos ruídos de cidade grande. “Começamos a mudar a forma de raciocinar, de pensar e de agir”, lembra Mansur.
Da música para a literatura, do real para o lúdico e da comparação para o saudosismo. Assim nasceu José Alvino, personagem criado pelo multiartista durante os seus primeiros anos em Brasília. Ele conheceu pessoas dedicadas a fazer e perpetuar a poesia matuta, também conhecida como de raiz, e logo se identificou. “É um estilo que conta histórias divertidas e engraçadas com base na vida do interior”, explica Mansur.
“Quando criança convivi com um preto velho chamado José Alvelino. Ele era um daqueles velhinhos que falava sobre tudo e falava de uma forma engraçada. Levava uma vida simples e divertida”, recorda Mansur ao falar sobre a origem do pseudônimo criado na década de 90. Além dele, subirão ao palco os escritores Carlos Augusto Cacá, Jorge Amâncio, Vicente Sá, Amneres, Paulo José Cunha, Nicolas Behr e Fabrízio Morelo, integrantes do Movimento Viva Arte.
Depois das boas vindas ao público com poesia e músicas autorais, o cantor e compositor Lenine se apresentará com a turnê Chão, fruto do álbum lançado em outubro de 2011, pela Universal Music. Reconhecido dentro e fora do Brasil, Lenine promete embalar os presentes com canções do último trabalho e com sucessos de sua carreira, entre eles PaciênciaÉ o que interessaHoje eu quero sair sóO último pôr do sol.
Juntos, Lenine, Máximo Mansur, instrumentistas e poetas vão colorir a rua da entrequadrea 312/313 Norte com quase quatro horas de cultura. Em comum, todos pela democratização da arte.
“Vivemos uma crise social por falta de iniciativas que, como esta, democratizam a arte. Com o comércio da cultura, o que menos importa é representar o cotidiano, problematizar a vida e ajudar a refletir a realidade. Atualmente o importante é entrar em uma forma cultural para fazer o máximo de shows por semana.” Máximo Mansur.

Fique ligado
Data: 30 de agosto
Local: Entrequadra da 312/313 Asa Norte
Indicativa: livre
Entrada: franca
Horário: a partir das 19 horas 
Apresentação: Miqueias Paz
Assessoria de Imprensa: Francisca Azevedo (61 8432-3669)

Por Natalia Emerich

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