terça-feira, 14 de agosto de 2012

Aloísio Brandão


Meu mano Gadelha Neto,

Há uma semana, cheguei de Santana dos Brejos (SB), onde passei minhas férias. Vim prenhe de poesia, de música, de ternura, de leveza. E trouxe bocapius cheinhos de histórias colhidas nas contações pelos bares, pelas esquinas, à porta de minha casa, pela feira.

Mas há algo de muito especial que gostaria de lhe dizer: você, quando esteve, lá, em maio, deixou um rastro de bem-querença, de amizade e de pureza, como puro é o seu coração de poeta, de compositor. Comovi-me, diante da seguinte declaração coletiva, feita no Bar de Dão de Viana: “Aloísio, Gadelha foi um dos melhores presentes que você deu a Santana dos Brejos, nos últimos anos”. Falaram-me, ainda, dos luaus nos povoados da Pedra Preta e do Tabuleirinho; das violadas e cantorias nos bares de Dão de Viana e de Jó; das andanças e das conversas pelas ruas, por outros povoados.

Queria lhe dizer que Santana dos Brejos o tem como um filho amado. Mais: você recebeu o “Título de Cabra Santanense”, concedido pelas confrarias dos bares de Dão e de Jó. E foi ungido com a Cachaça da Cachoeira com raiz de umburaninha de rama. Isto não é pouca coisa, meu caro. Orgulhe-se, portanto, da outorga desse Título, reservado apenas aos cabras especiais.

Pena que eu fui inventar que você retornaria à cidade, em Julho, pra passar mais uns dias, em minha casa, o que acabou não acontecendo. Fui cobrado por isso e, por pouco, não levei uns cascudos das troupes dos bares.

O abraço fraterno do parceiro Aloísio Brandão.

PS.: Envie-me, com urgência, o novo número do seu celular.

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