Meu mano Gadelha Neto,
Há uma semana, cheguei de Santana dos Brejos (SB), onde
passei minhas férias. Vim prenhe de poesia, de música, de ternura, de leveza. E
trouxe bocapius cheinhos de histórias colhidas nas contações pelos bares, pelas
esquinas, à porta de minha casa, pela feira.
Mas há algo de muito especial que gostaria de lhe dizer:
você, quando esteve, lá, em maio, deixou um rastro de bem-querença, de amizade
e de pureza, como puro é o seu coração de poeta, de compositor. Comovi-me,
diante da seguinte declaração coletiva, feita no Bar de Dão de Viana: “Aloísio,
Gadelha foi um dos melhores presentes que você deu a Santana dos Brejos, nos
últimos anos”. Falaram-me, ainda, dos luaus nos povoados da Pedra Preta e do
Tabuleirinho; das violadas e cantorias nos bares de Dão de Viana e de Jó; das
andanças e das conversas pelas ruas, por outros povoados.
Queria lhe dizer que Santana dos Brejos o tem como um filho
amado. Mais: você recebeu o “Título de Cabra Santanense”, concedido pelas
confrarias dos bares de Dão e de Jó. E foi ungido com a Cachaça da Cachoeira
com raiz de umburaninha de rama. Isto não é pouca coisa, meu caro. Orgulhe-se,
portanto, da outorga desse Título, reservado apenas aos cabras especiais.
Pena que eu fui inventar que você retornaria à cidade, em
Julho, pra passar mais uns dias, em minha casa, o que acabou não acontecendo.
Fui cobrado por isso e, por pouco, não levei uns cascudos das troupes dos
bares.
O abraço fraterno do parceiro Aloísio Brandão.
PS.: Envie-me, com urgência, o novo número do seu celular.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Este blog não publica comentários anódinos